terça-feira, 28 de maio de 2013

Alvares de Azevedo


Lembrança de morrer

Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça a dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste pensamento.

Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poente caminheiro.
- como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como deserto de minh álma errante,
Onde o fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade - é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecida.

Só levo saudade - é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
de ti, ó minha mãe! pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!

(...)

citação

"... quem observa o faz de um certo ponto de vista
o que não situa o observador em erro.
o erro na verdade não é ter um certo ponto de vista
mas absolutiza-lo e desconhecer que mesmo do acerto de seu ponto de vista
é possivel que a razão ética nem sempre esteja com ele..."

                                                                                             Paulo Freire

Análise de Bocage trecho da 1º edição das "rimas"

" já Bocage não sou!...                 
Á coa escura                                 
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.
(...) "



Na primeira frase Bocage começa negando a sí mesmo, e negar a sí mesmo é viver o oposto, portanto ele não estava satisfeito consigo, com seus desejos pessoais.
na segunda e terceira frase ele aponta que contra a sua vontade ele é impulsionado a alguma direção,  uma direção escura ou seja para onde ele não quer ir...
nas duas ultimas frases ele finaliza mostrando que é incapaz de fazer o que deseja e é infeliz por ser mandado em direção de algo que não deseja, de uma terra que ele já conhece o amargo sabor, e que deseja desesperadamente evitar mais que não pode.

O que lembra nossas inquietações interiores, que como seres humanos, vivemos nos pondo em prova, ocultando nossos desejos e anseios interiores, mascarando nossa essência e nos tornando cada vez mais convencionais, para que não sejamos humilhados por uma sociedade de reprime, que impõe.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

* Meeting With yourself ...


Sonhos rasgados como um papel qualquer em uma hora qualquer.
- cansei de ser maltratada- exclamou Ana.
 o tempo passa e sem saber pra onde seguir ela grita:
- é o fim...
Desde menina Ana vivia com uma constante inquietação que de verás a incomodava. Não conseguia sequer comparar-se a uma de suas amigas, por onde quer que Ana andasse sempre sentia-se excluída.
- Será que sou diferente de todos? Será que no meu mundo sou ninguém?. Ana perguntava a si mesma.
Quando começou a se aproximar da adolescência Ana já havia aprendido a guardar para si seus pensamentos e verdadeiros sentimentos.- ninguém me escuta!. Mais uma vez Ana reclamava a falta de atenção das pessoas em sua volta.
A esse ponto Ana já se achava NINGUÉM. Acreditava que depois de ter sido calada por tantas vozes, ela só podia ser louca ou estranha demais pro mundo que vivia, então guardava seus pensamentos, sonhos e ideais pro seu interior onde podia ser quem realmente era.
Submissa aos outros sempre concordando com o que os outros lhe falavam e nunca expressando sua verdadeira opinião das coisas, foi assim que Ana cresceu.
Suas amigas sempre a tratavam como burras e obrigavam Ana a fazer coisas que na verdade ela desprezava em seu interior.
Ana aprendeu a viver no silêncio...
Ana não conseguia entender a religião em que foi criada, por isso passou por diversos caminhos diferentes, cristianismo, budismo, wicca, evangelismo, xamanismo entre outros, o que Ana achava mais interessante de tudo era as semelhanças e os preconceitos que uns tinham com relação aos outros.
Aos poucos Ana foi criando identidade.
A mesma inquietude que a seguia quanto menina continuava a segui-la em toda sua vida, Ana não conseguia gostar de um só garoto sempre se apaixonava por vários ao mesmo tempo, mas nunca saia com ninguém, tinha muitos amigos, amava todos com uma particularidade e universalidade espectacular. Mais em toda sua vida Ana nunca encontrou alguém que pudesse dividir com ela todas as sensações que tinha com relação a vida.
Sofria muito por decepção, acreditava que as pessoas podiam sentir por ela o mesmo que ela sentia e por isso vivia se magoando.
A cada ferida lançada ao peito uma nova chama se erguia com força. Ana não se abatia, Havia juntado tudo o que aprendera na vida em suas múltiplas religiões, e aprendera de tal maneira a amar a Deus, que sua força era realmente explêndida.
Já não importava mais o que os outros pensavam, Ana aprendeu que era preciso ter uma vida digna, que Deus não se importava em que religião você seguia, mais sim em quanto amor você guardava em seu coração, ela havia aprendido que Deus se importava com as coisas simples, em como você desfruta do pão do vinho, da água, e se soube dividir com teu irmão.
Ana estava se tornando mulher, precisava encontrar alguém para construir uma família, um homem que a amasse acima de tudo.
Ela conseguiu, deixou de lado todas aquela inquietude que a cercava. Dedicou-se ao amor dia após dia , aprendeu que não era importante deixar o momento levar você a acabar com todos os sonhos que tem na vida, porque o momento se desfaz como papel jogado em água, mas a vida é eterna.
Ana descobriu como mergulhar em seu interior, como respeitar sua alma, sua essência, e finalmente voou, finalmente aprendeu a respeitar a si mesma, a respeitar os outros, pois cada um tem um tempo certo pra encontrar a si, muitos rodeiam e quando vêem seu reflexo não aceitam quem são, por falsos conceitos que carregaram consigo no decorrer de suas vidas. E preciso ter paciência, aceitando todas as possibilidades da vida.

só de verdade sabe respeitar a vida,
quem verdadeiramente aprendeu a voar em seu interior!

Liberte-se






quarta-feira, 15 de maio de 2013

*Senhora Carmesim*




Cai sobre o crepúsculo o véu noturno...
será que a noite nos inspira? as vezes acho que ela nos incita a viajar, mais não uma viagem qualquer como quando pegamos um  ônibus e vamos admirar a paisagem do mar sobre a areia saliente da praia, muito diferente que isso, é uma viajem mental, espiritual.
aquela que nos tira do mundo em que vivemos e nos transporta para o surreal.
Ela chega aos poucos feito uma senhora, uma doce senhora. quisera eu ser isto em tudo verdade, porem muito tenho a declarar sobre as dores causadas por ela.
se faz dócil mais dentro de suas entranhas encontra-se o mais puro veneno, que leva milhares de pessoas ao delírio total ou em muitos casos a visitar a dona morte.
Ela nunca vem sozinha está sempre acompanhada do fantasma da noite, que esta dentro de todos nós, esperando por ser liberto.
quando nos deixamos fragilizar ele usa todas as suas artimanhas para nos destruir, deixa exposto todas as nossas fraquezas, nosso mal interior, nossos desejos mais secretos, nossas dores. Ele mostra para quem quiser ver quem nós realmente somos.
A senhora... Ah Senhora, ela é como uma ponte dos desejos, nos incita e proporciona prazeres tão desejados, mais tudo tem um preço afinal. Vermelha de um carmesim tão intenso que é como se tivesse sido tocada pelo fogo. Cega nossos olhos e tudo o que vemos esta relacionado a ela.
depois de muito entregar-se a feitiçaria que nos envolve no noturno, agora já embriagados pela senhora do vinho, nos deixamos fragilizar, torturar, não há mais volta é mau feito, feito.
Será tarde demais?
Ao observar o ambiente que nos cerca vemos homem que antes exibiam fina postura agora como palermas maltrapilho sem ética nem bom senso. Mulheres finas, que agora oferecem seu corpo como alimento a ser devorado rapidamente antes que o calor se perca e reste apenas o frio.
O caos está espalhado, e isso se repete noite após noite, A Senhora Carmesim vai a todos os lados procurando envolver quem quer que seja em seu manto perturbador.
Na noite
No véu
No sombrio

O toque do FOGO.



                                                                                                                    by: Lola Gillian

terça-feira, 7 de maio de 2013

E.E Cumming***


Mentiras ***



" Mentiras sinceras me interessam... me interessam..."


citações baby...



"Nunca deixe o que você mais que na vida, pelo que você quer no momento,
o momento passa e a vida continua"

sabemos que ser humano é ser inconstante, vivemos e sentimos todos os tipos de sentimentos que se pode sentir, crescemos aprendendo a controlar a maioria deles, mais alguns insistem em nos amedrontar nos assombrar, sempre nos rodiando, tentando nos convencer a aderir a eles... bem estamos falando principalmente da paixão, que nos devasta de tal maneira que na maioria das vezes perde-se primeiramente a razão. É um sentimento que vem feito um furacão devastando tudo que já havíamos construído, e acabando com todos aqueles planos futuros, sonhos, desejos que agora foram substituídos por esse sentimento de loucura de inquietação. tentar ser maturo é papo furado pois a paixão nos segue em todas as idades e não tem hora nem lugar para surgir, simplesmente aparece quando menos esperamos, e neste momento é hora de refletir, e de agir com bom senso.



                                        by: Lola Gillian

domingo, 5 de maio de 2013

*Sobre palavras*


' Este deve ser o bosque", murmurou pensativamente, "onde as coisas não têm nomes". ou la devaneando dessa maneira quando chegou á entrada do bosque, que parecia úmido e sombrio. "Bom, de qualquer modo é uma alivio",disse enquanto avançava em meio ás árvores, " depois de tanto calor entrar dentro do...
dentro do que?
"Estava assombrada de não poder lembrar o nome. " Bom, isto é, estar debaixo das...
debaixo das... debaixo disso aqui, ora", disse colocando a mão no tronco da árvore.
"Como essa coisa se chama? É bem capaz de não ter nome nenhum... ora, com certeza não tem nenhum mesmo! "ficou calada durante um minuto, pensando. Então, de repente, exclamou : - Ah, então isso terminou acontecendo! E agora quem sou eu? eu quero me lembrar, se puder."

Lewis Carroll,

sábado, 4 de maio de 2013



* Fé *





Aprendi muito sobre fé, e sobre a noite escura.
aprendi que a busca de Deus é uma noite escura que a fé é uma noite escura...


" cada dia do homem é uma noite escura. ninguém sabe o que vai acontecer no próximo minuto, e mesmo assim  as pessoas andam pra frente. 
porque confiam
porque tem fé..."

Cada momento da vida é um ato de fé 
podemos transforma-los em cobras e escorpiões ou em uma força super protetora...



inspirado em, Brida de Paulo Coelho...



by: Lola Gillian

sexta-feira, 3 de maio de 2013


"O Melhor dos anos 70"
Siouxsie & the Bunshees














             
O anjo da noite




Todas as noites ele vem me visitar.
vigia meus sonhos enquanto meu corpo repousa.
protege-me com cautela
cobre-me com suas asas quando o perigo ameaça aflingir-me 
esta comigo em todos os momentos
como uma sombra
como um sussurro do vento
que me orienta
me fascina
me explora
sonho em poder toca-lo
sonho mesmo acordado
que um dia quando menos esperar
que o mundo imaginário a ti pertencente
possa fazer parte da minha realidade inexistente...

BY;     LOLA GILLIAN ROSE 






quinta-feira, 2 de maio de 2013


"Be nobady but yourself in a world that gives the best of himself day after day to make you someone else is the greatest battle that the human being can face in a fight interminal...
be you...
or be what the world wants you to be"
para todos que são fãs do seriado mais brilhante de todos os tempos, ONE TREE HILL, o primeiro episódio foi ao ar no dia 23 de Setembro de 2003. criado por Mark Shwahn. fala sobre os lances da vida, como é de verdade com todas as dificuldades que passamos diariamente e com os sentimentos que temos que lidar... até onde podemos suportar fardos, e a esperança que nos move!