sexta-feira, 28 de junho de 2013

***Precioso Dark ***


Sozinho em casa eu ouço passos, algo está lá mais o que?
não vejo nada, desfruto da solidão doce solidão, me faz pensar, refletir.
Porque as pessoas são tão vazias?
olho ao meu redor e tudo que vejo é um bando de parasita que corroí a si mesmo! talvez eu seja um tolo, por pensar no que os outros deveriam ser. Mas tudo é tão frustrante todos os dias é sempre a mesma coisa a mesma monotonia, você nunca pode ser você mesmo, tudo te reprime, te tacham de bobo, de estranho, afinal tudo é tão estranho, se as pessoas parassem de ser o que veem em novelas e TV seria muito muito melhor.
Mas não! É mais fácil seguir o que os outros fazem. por que ser você mesmo em mundo que daria tudo o que fosse preciso pra tornarmos um bando de robôs sem pensamento próprio seguindo comandos de superiores porque eles tem poder é pura tolice.

Mas espera o que foi isso?
ouço barulhos o tempo todo se ao menos soubesse que eles querem. talvez eu deva parar de refletir sobre coisas inúteis, não tem jeito não sei o que estou fazendo aqui.

Sozinho em minha casa sinto minha mente entrando em perfeita sincronia, ouço canções antigas meu corpo flutua. novamente questionamentos veem a minha mente.

Palavras são tão inúteis, é preciso apreciar os momentos de silêncio são eles que guardamos em nossas mentes afinal. aprecio o silêncio! os sábios sabem ouvir atentamente já os tolos nada ouvem apenas falam falam sem pensar, não refletem jogam palavras pra fora de suas bocas vazias que nada tem de interessante, são um monte coisas vazias vindo de pessoas vazias.

é tão difícil encontrar alguém que entra em sintonia com você, por muito tempo eu fui um Mártir do amor, sonhando, idealizando o amor perfeito, sempre senti tudo o que um casal apaixonado deve sentir, mais nunca encontrei alguém com quem eu pudesse compartilhar esse amor. Finalmente eu percebi que nem todos nascem para desfrutar de todas as sensações da vida, eu por exemplo já me conformei aprendi a apreciar o silêncio meu destino e viver sozinho, fazendo de mim um astro para mim mesmo, aprendendo o que a maioria da pessoas preferem ignorar, vivendo a vida com olhos abertos para todos os lados, sem profanar as palavras, sem agredir os momentos as lembranças.  Sendo eu mesmo.

Sozinho eu conheço a mim mesmo, Sozinho eu ouço passos no escuro, quem pode ser? na verdade pra ser sincero eu sei que é, sei bem, é ele novamente o fantasma de mim mesmo, revirando tudo em sua volta tentando me converter, tentando me mudar, será que nosso ID pode superar o Super EGO? travo lutas em minha mente.
Só quem já entrou em conflito consigo mesmo é que pode entender.

Lola Gillian Rose...


sexta-feira, 7 de junho de 2013

**Ismália**


Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu uma lua no mar.

No Sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Alphonsus guimaraens



1º verso: A afirmação de que ela havia enlouquecido vem para dar ênfase na questão suicídio, Ela pensou e olhou para o céu, olhou para a lua e desejou ir até lá.

2º verso: Em sua afirmação ele prossegue dizendo que um sonho que nela havia tinha se perdido e isso fez com que ela desejasse e ansiasse para subir aos céus e descer ao mar.

3º verso: Desvario, nesta estrofe ele fala que Ismália em um de seus devaneios, porque Desvario quer dizer loucura, delírio, desregramento. Ela vai ate uma torre para observar o mar, ficando mais próxima do céu e mais distante mo mar. A torre ou a carta de Deus no tarot arcano representa libertação e construção, simboliza o rompimento das formas aprisionadas, libertação para um novo início, desafios dos momentos de transição, destruição da rigidez, conhecimento, abertura de novas possibilidades. É interessante ressaltar isto porque em muitas culturas a torre representa uma vitoria a ser alcançada, logo após Ismália ir a torre e refletir sobre o céu e o mar ela busca a liberdade desejada.

4º verso: Desejava libertar-se, não via sua ação como suicídio ela via como uma passagem para libertar-se para encontrar-se com o céu com a lua que ela admirava através do mar.

5º verso: Finalmente Ismália fora em busca de seu desejo de sua passagem, ela morreu pois seu corpo desceu no mar enquanto sua alma subiu ao céu.

Para Ismália nunca foi um suicídio ela nunca viu aquilo como morte, sinto como se ela buscasse acalmar as inquietudes de sua alma, buscando um encontro direto com sua essência, com seu Eu interior. Vejo que ela tinha certeza do que queria sabia que essa era a decisão certa, Ismália foi corajosa pois decidiu-se por fazer o que pra todos é impossivel desejou o céu e pra ele se atirou, nunca saberemos como foi a reação dela do outro lado após a passagem, porém acredito que o mais importante é estar bem consigo mesmo.

Muitas pessoas poderiam dizer que Ismália era depressiva, porém no poema o autor em nenhum momento a descreve assim, muito pelo contrario ele a descreve como se estivesse admirando sua atitude mesmo a considerando loucura, ele a admira, e a descreve com paixão.
A depressão é uma doença que causa dor e sofrimento, melancolia, tédio pela vida entre outras coisas, Ismália não estava depressiva estava determinada.

By: Lola Gillian


O Heautontimorumenos


O Heautontimorumenos

Sem cólera hei de te atacar
Como um Carniceiro e sem Ódio!
Como fez Moisés no episódio
Do rochedo- E de teu olhar,

Há de beber o meu Saara,
A água do sofrimento mansa.
Meu sonho cheio de esperança
No teu pranto como nadara!

Como uma nave que ao mar larga,
E em meu ébrio coração
Teus soluços ressoarão
Como um tambor rufando á carga!

Pois eu não sou um falso acorde
Nesta divina sinfonia,
Graça á voraz ironia
Que me sacode e me morde?

Ela em minha voz vocifera!
Todo o meu sangue é este veneno!
Eu sou espelho tão terreno
Em que se contempla a megera!

Eu sou a chaga e o punhal!
Eu sou o rosto e a bofetada!
A roda e a carne lacerada,
Carrasco e vítima afinal.

Sou vampiro do meu coração,
- Um desses mais abandonados
Ao riso eterno condenados
E que nunca mais sorrirão!

Charles Baudelaire

O nome do poema Heautontimorumenos é o termo grego que indica " verdugo de si mesmo" ou seja alguém que aflinge a si, machuca e causa dores a si mesmo, um carrasco de si.

1º verso:   "sem cólera hei de te atacar" 
Sem exitar, ele ira aflingir sem medo, sem receio, ele machucara, ele causara dor. Porque é necessário  faz menção a passagem bilbica onde Moisés recebe as ordens de Deus para matar seu filho, e ele leva-o até o rochedo e obedece as ordens, porém antes dele mata-lo o anjo vem repreende-lo.
desta forma ele retrata que irá causar o mal porque é preciso.

2º verso: Ele fará derramar prantos, pois o sonho que um dia tivera não há de se realizar.
Na ultima e na penúltima frase ele dá a entender que o sonho que ele possui faz alguém nadar num oceano de lágrimas ou seja faz alguém sofrer.

3º verso: No seu coração ouvirei os soluços do teu choro agonizante.
mesmo causando imensa dor ele ouvia o choro nos detalhes como que apreciando.

4º verso: Aqui deixa claro que cumprira o que fala porque não é falso. 
Ironia a menção de ironia é devido ao fato de que tudo que ele está falando que vai fazer ele fará consigo mesmo, Ele não fugirá de seu destino porque sabe que é preciso.

5º verso:  se deprava, xinga a si mesmo, diz que em seu sangue jorra veneno.

6º verso: Aqui finalmente nós faz entender melhor o que ele quer dizer. Ele é o mal por isso faz mal, é como se ele julga-se a si mesmo como o mal encarnado e sem poder fugir de quem é faz o mal a outras pessoas e isso o deixa com remorso, sofre por causar dor aos outros.

7º verso: Admite aqui ser um vampiro que suga seu próprio coração.

Este poema me faz recordar a historia do livro entrevista com o vampiro de Anne Rice, onde o vampiro passa toda sua miserável vida reclamando e lamentando por ser uma criatura das tervas, amaldiçoado por não poder viver, por trazer a morte por onde passa.

Este poema é excepcional, o autor descreve a dor interior de alguém que acredita ter uma natureza cruel, alguém que sabe que por mais que ache terrível a maldade que causa nos outros é inevitável que a faça, e por esse peso com este pensamento cruel ele precisa dar um fim em si mesmo, acabando assim com o mal.

By: Lola Gillian   




*Spleen Baudelaire




Spleen

Tenho mais recordações que se tivesse mil anos

Enorme papeleira atulhada de planos,
Notas, versos de amor, processo e cartões,
Madeixas cor de lua atrás de quitações
Menos segredos tem que o meu cérebro triste.

Pirâmide afinal, ou carneiro em que existe
Mais mortos do que na vala comum- há rua
Eu sou um cemitério odiado pela lua,
Onde arrasto, assim como os remorsos, os versos
Sempre irritados contra os meus mortos diversos.
Sou velho camarim em que um buquê decora.
E em que estão a jazir figurinos de outrora,

Em que um vago Boucher e algum pastel magoado
sós, respiram odor de um frasco destampado
Nada iguale a extensão destes dias tão mancos
Quando, sob florações graves dos tempos brancos,
O tédio, fruto de norma incuriosidade,
Assume as proporções da imortalidade.

- Agora não é mais, pobre matéria vivo,
Que um granito de que vago susto deriva,
Dormindo num saara o seu sono profundo!

Esfinge milenar ignorado do mundo,
Esquecida no mapa, e cujo estranho humor
Sabe apenas cantar aos raios do sol a se põr.



Começaremos pelo titulo "Spleen" que é o termo inglês que traduz o tédio, o desencanto, a insatisfação e a melancolia diante da vida. (significa literalmente Baço).

1º verso: O poeta aqui faz menção a diversas coisas como" papelaria atulhada, planos, notas, versos de amor, processos e cartões" para compara-las com seu sentimento triste, ele diz que todas essas coisas são mais fácil de entender, tem menos segredos que o coração triste dele, sua mente triste.

2º verso: Baudelaire deixa claro as dores de sua alma, comparando-se a um cemitério, um morto abandonado por Deus ou deusa já que ele se refere a lua (deusa grega Arthemis Diana). Cita os remorsos que guarda em seu interior, suas aflições contra as dores interiores que ele não consegue repelir, as lembranças amargas.

3º verso: Boucher ( traduzido do Francês para açougueiro), quem em sua plena consciência se põe em deleito de sofrer por remorso de ações que cometera outrora, está "respirando o odor de um frasco destampado" ou seja remoendo-se culpando-se por algo que já está feito que não tem mais volta.

4º verso: Os dia passam lentamente, o tédio o consome é eterno, a situação agonizante em que se encontra é imortal, eterna não irá passar.
Quando estamos em uma situação difícil parece ser eterna, as horas não passam e o sofrimento permanece.
sentimos que já não há mais solução não tem mais saída.

5º verso:    "agora não és mais, pobre matéria vivo"
Já não pode mais viver, seu corpo e sua mente derivam agora na escuridão, dormindo em seu sono profundo.  Esta acabado ele morre.

6º verso: Ele prefere as sombras, alheio ao mundo ele admira o noturno. vê a beleza apenas no cair da noite, eternamente esquecido vagará assim no seu mundo melancólico e sombrio com seus fantasmas a atrapalharem seu sono.


Bocage descreve aqui um homem que sofre uma profunda depressão, melancólico por não conseguir ver sentido no mundo em que vive, prende-se ao obscuro onde acredita ser seu lugar, onde sente-se a vontade.
um homem que sofre por remorso, sente o peso da culpa e não sabe o que fazer para tirar estas lembranças de sua mente, uma homem cujo crime foi tão grande que causa dentro de si um martírio numa tentativa desesperada de reverter as lembranças.



By:    Lola Gillian   


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Analise do livro Madame Bovary de Gustave Flaubert

Madame Bovary




O livro começa narrando a infância de Charles Bovary, somente a partir do segundo capitulo é que Emma começa a ganhar espaço na trama.
Charles já fora casado e perdera sua mulher a senhora Dubuc que morrera logo no inicio do livro. Não muito tempo depois ainda no período de luto, ele decide pedir Emma em casamento, o que para ela veio em perfeito momento já que estava aflita para sair da monotonia onde se encontrava na casa de seus pais. Emma aprendera desde menina a apreciar os bons livros, lera romances que lhe inspiravam o desejo pelo amor, pela paixão, ela criou dentro de si uma grande expectativa sobre o amor e não via a hora de experimenta-lo, vivia em um mundo só dela no seu interior que estava em constante inquietação. Aprendera nos livros que lia sobre o amor, a apreciar um amor envolvente, um amor capaz de levar a loucura até o mais distinto homem, um amor verdadeiramente belo.

"Antes de casar, ela julgava ter amor; mas como a felicidade que deveria ter resultado daquele amor não viera, ela deveria ter-se enganado, pensava. E Emma procurava saber o que se entendia exatamente, na vida, pelas palavras felicidade, paixão, embriagues, que lhe haviam parecido tão belas nos livros." P. 44

Portanto já nos primeiros dias de casamento Emma já começava a sentir-se infeliz, culpava-se por ter casado cedo, sentia-se enganada, não sabia porque esperar por Charles que era óbvio que não ia conseguir satisfazer seu desejo de amor.
Emma lera Paul et Verginie um romance de Bernadim de Sant- Pierre (1737-1814) publicado em 1787. É a historia de amor de dois jovens dentro da natureza tropical. Emma criou dentro de si um desejo intenso por viver a vida com sensações maravilhosas ao ponto que devorava ferozmente seus livros de amor.

" Precisava retirar das coisas uma espécie de vantagem pessoal; e rejeitava como inútil tudo o que não contribuísse ao consumo imediato de seu coração, pois seu temperamento era mais sentimental do que artista e ela procurava emoções e não paisagens." P. 46

Charles era pacato, não podia dar a Emma a realização de amor platônico que ela sonhava. 
O autor Gustave Flaubert descreveu Charles como um personagem monótono, chato, submisso e sem interesses ou ambições.

Emma se questionava sobre seu casamento frequentemente.

" Um homem, pelo contrario ( aqui ela está querendo dizer ao contrario de Charles) não deveria conhecer tudo, ser exímio em múltiplas atividades, iniciar uma mulher nas energias da paixão, nos refinamentos da vida, em todos os mistérios?  Mas ele nada ensinava, nada sabia, nada desejava. Julgava-se feliz e ela tinha-lhe raiva por aquela calma tão bem assentada, por aquele peso sereno, pela própria felicidade que ela lhe dava."  P. 50

Neste trecho Emma retrata bem seus sentimentos perante o marido, mostra a personalidade fraca e tediosa que ele possui, e como tudo aquilo a estava frustrando.
A Sr Bovary lia Balzac e Geroge Sand procurando em suas obras satisfações imaginárias para seus desejos pessoais.
Depois que a Madame Bovary foi a um baile no castelo em Vaubyessard suas inquietações ficaram ainda mais fortes, Emma sonhava em viver uma vida repleta de emoções e não tirava da cabeça Visconde um jovem que a convidara a dançar valsa no baile, todo aquele luxo a fascinará.

No capitulo XV Emma entra em uma profunda depressão, deseja está morta fadigada com a vida que tem, não come mais, não está satisfeita com seu corpo e começa a beber vinagre para emagrecer, adoece e com medo de Emma acabar morta Charles resolve mudar-se já que acredita que o motivo da doença de Emma ser o lugar onde vivem em Tostes já que a senhora Bovary repele e crítica ferozmente o lugar. Quando partem de Tostes para morar em Yonville Emma já está gravida.

Chegando em Yonville Emma conhece Léon que revela ter a mesma paixão pelos romances e pela literatura assim como Emma, toda a conversa entre os dois revela em ambos os gostos em comum pelo mais exacerbado romantismo, já ridicularizado antes do aparecimento do romance de Flaubert.

Emma tem uma menina que a chama de Berthe. Léon e Emma sempre dividindo o mesmo pensamento romântico criam uma grande afeição Léon fica completamente apaixonado por Emma, que resiste fortemente as tentações.

Léon é um escrivão que trabalha para o farmacêutico senhor Homais.

" ... O amor, devia chegar de repente com grande estrondo e fulgurações- furacão dos céus que vai sobre a vida, transtorna-a arranca as vontades como as folhas e arrasta para o abismo o coração inteiro." P. 100

No trecho a seguir Flaubert descreve o pavilhão sofrido de emoções da Sra. Bovary.

" ... A mediocridade domestica empurrava-a para a fantasias luxuosas, a ternura matrimonial a desejos adúlteros. Teria desejado que Charles lhe batesse, para poder detesta-lo com maior razão, vingar-se dele. Espantava-se ás vezes com as conjecturas atroses que lhe vinham á cabeça; e seria preciso continuar a sorrir, ouvir repetir que era feliz, fingir sê-lo e deixar que acreditassem..." P.107






O tempo passava e Emma tornava-se cada vez mais adversa ao mundo, nem mesmo sua filha a pequena Berthe conseguiu fazer sua vida um pouco mais significativa. A Sra. Bobary demonstrava friamente que não nascera para ser mãe. 
Desejava fugir com Léon mais ainda não tinha coragem, temia que ele não a amasse e assim perderia tudo.
Como não conseguiu concretizar o amor por Léon que fora embora morar em Rouen em Paris, 


Emma entrava mais uma vez em depressão já estava muito doente quando conheceu Rodolphe que logo que a conhecera decidira que á teria de qualquer forma, era determinado e fez de tudo pra que Emma cede-se a seu desejo. Ele foi seu primeiro amante, passou um bom tempo sentindo-se feliz e realizada, vivia uma paixão intensa com Rodolphe saia no meio da noite para encontra-lo vivia uma aventura dia após dia ardendo de amor.

Não suportava mais ficar em sua casa com seu marido Charles ela começava a falar em fugir com Rodolphe que assustou-se com a loucura e falta de preocupação que Emma tinha com seu marido e sua filha, ela não ligava para nada nem ninguém tudo que queria era ficar todos os dias com Rodolphe, porém ele apesar de deseja-lá ardentemente não queria ter um compromisso seria afinal ele tinha varias amantes e amava sua vida libertina. Rodolphe dispensara e abandonara Emma que entrou em colapso nervoso chegando até a convulsionar de tanto que sofrera.




Charles fracassara em uma cirurgia quando tentara romper um tendão em Hippolyte que era manco e acabou perdendo a perna que infeccionara e tornara-se uma trombose. Decepcionada com o marido que nem como medico era bem sucedido Emma sucumbia.

No livro o personagem Homais que é um filosofo e critico a religião ( o farmacêutico de Yonville) faz criticas  nervosas a igreja e aos hábitos do padre.
Gustave Flaubert descreve a igreja como ambiciosa e interesseira, onde os padres fazem tudo por dinheiro e com hipocrisia criticam e julgam a todos mesmo todos sabendo dos atos pecaminosos que eles têm.
Emma encontrara novamente Léon e agora a paixão de ambos se concretizara e ela torna-se sua amante, novamente volta a sentir o ardor da paixão e a felicidade, cada vez mais impulsiva Emma abusa da luxuria, a rotina lhe incomodava muito e todas as suas inquietações voltava a lhe perturbar agora com mais frequência, ela começara a mentir cuidadosamente para Charles, fingia que tomava aulas de pianos, enquanto na verdade usava todo dinheiro que tinha e que não tinha para satisfazer sua luxuria com Léon.

“todavia eu o amo! Dizia a si mesma. Não importa! Ela não era feliz, nunca o fora. De onde vinha então aquela influencia da vida, aquela repentina podridão instantânea das coisas em que se apoiava?” P. 246
 
As coisas pioraram muito quando Emma com seu jeito materialista esbanjava de riqueza e acabara por arruinar toda sua fortuna, devia tanto dinheiro que foi intimada pelo governo a penhorar todos seus pertences para quitar a divida. Emma desesperada implorara ajuda a todos que lhe viam a mente, decepcionara-se com Léon que não tinha dinheiro para emprestar-lhe e acabara indo até a casa de Rodolphe também lhe pedir dinheiro, ele também lho negou e ela enlouqueceu, passou na casa do farmacêutico Homais escondida invadiu a farmácia e roubou Arsênio que bebeu rapidamente na intenção de se envenenar, sempre fora infeliz a vida lhe era tediosa, não tinha mais motivos para viver já que se decepcionara com seu marido e com seus amantes. Depois de um longo tempo agonizando e morrendo aos poucos enquanto Charles sofrera tentando curá-lá, ela finalmente vem a falecer, Charles sofrera muito com sua perda, pouco tempo depois ele encontra todas as cartas de seus amantes Rodolphe e Léon que Emma guardava no fundo de uma gaveta, ficara desesperado, nunca havia desconfiado de nada, sentia-se agora impotente, sofrera tanto que acabou morrendo.
A pequena Berthe encontra seu pai Charles com a cabeça encostada na parede e achando que ele estava brincando empurra ele que cai no chão morto, ela vai morar com sua avó a Senhora Bovary mãe que morre no mesmo ano e a pequenina é mandada a viver com uma tia, e acaba sendo obrigada a trabalhar numa fabrica de fiação.
 


Conclusão

Gustave Flaubert foi processado após ter publicado esse romance, para a sociedade da época o romance induzia o adultério, a mentira, a libertinagem entre outras coisas Flaubert respondera as acusações e ainda afirma que ele é Emma Bovary. 
Emma é uma personagem forte uma mulher que luta pelo que deseja não se detém as regras da sociedade em que vivera onde a mulher era vista apenas como modelo a ser admirado nada podia dizer e nada podia fazer, Emma sofrera de depressão e baixa estima, ela sonhava com amores irreais, e fazia de tudo para sentir aquele tipo de emoção, Emma vivia o romantismo, desejava ser feliz, não aceitava ficar restrita as imposições da sociedade, porque ela não podia ser feliz? questionava-se.

Flaubert levou cinco anos para escrever este romance, ficara três meses apenas escrevendo uma única cena, o que demonstra a riqueza dos detalhes abordadas no livro, o autor descreve minuciosamente todas as cenas, fazendo com que o leitor possa mergulhar de cabeça na historia.

Um livro bom para ser avaliado em diversos aspectos Madame Bovary é uma marco do movimento realista da França, Quando foi publicado em folhetim em 1º de outubro de 1856, provocou um impacto transformador na sociedade e literatura francesa. Ao falar abertamente sobre temas como: Sexo, Adultério, Mentira, Cobiça, Falta de conduta moral entre outros, o romance tocou profundamente a moral burguesa, que vislumbrou em sua obra-prima somente a ruína de todas as convenções padrões da época, o povo já via as mudanças acontecerem.

Uma mulher como Emma provocara um turbilhão de sensações nas condessas e duquesas da época, que começariam por questionar suas vidas amorosas e suas inquietações pessoais.
 


by: Lola Gillian